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quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O FALCÃO

As 63 espécies de falcões ocorrem praticamente em todo o planeta. Para os egípcios, os falcões representavam poder. Suas longas asas pontudas contrastam com as arredondadas e fendidas das águias e abutres. Macho e fêmea são ornamentados com a mesma plumagem, mas a fêmea é ligeiramente maior. O falcão não costuma construir ninhos. Muitos falcões tem a parte superior do bico dentada como um serrote. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no vôo em velocidade (em oposição ao vôo planado das águias e abutres e ao vôo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias,estepes e desertos.

O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é a ave mais rápida do mundo, reconhecido facilmente em pleno vôo pela silhueta em forma de âncora. É encontrado no mundo todo sobre falésias à beira-mar e nas montanhas, só não existindo na Antártida. A velocidade e precisão de seu vôo são inigualáveis: quando ele se lança em um mergulho a 300km/h sobre a presa, esta pode morrer com o golpe. É a ave mais apreciada pelos falcoeiros, pois alia graça e força. Alimenta-se quase exclusivamente de outras aves. Em geral põe seus ovos num penhasco, muitas vezes sem ninho. Os ovos são incubados pelo casal de pais. Esta ave é protegida por lei por correr elevado risco de extinção. Entre os fatores de ameaça à espécie encontram-se o abate ilegal, o roubo de ovos para colecionismo e de crias para a falcoaria, e a poluição. A aplicação de pesticidas leva a que os produtos químicos entrem na cadeia alimentar do falcão, provocando a morte direta ou problemas de fragilidade da casca dos ovos, impedido o nascimento das crias.
Falcão-peregrino pousado num navio, enquanto come.
Origem: Wikipédia
O falcão-gerifalte (Falco rusticolus), cuja envergadura vai de 1,30m a 1,60m é o maior dos falcões. Vive nas montanhas, na tundra e nas falésias costeiras das regiões árticas. Quando localiza uma presa (principalmente pássaros), deixa seu posto de observação e avança em mergulho sobre ela, surpreendendo-a por trás. Na Idade Média, o falcão-gerifalte era considerado uma ave real devido à sua raridade e às dificuldades envolvidas em obtê-lo, assim como à pureza das suas cores. Como exemplo do valor dos gerifaltes da Groenlândia, uma dúzia dessas aves foi suficiente para pagar o resgate do filho do duque de Borgonha em 1396, após este ter sido capturado pelos sarracenos.
Foto: Joe Taruga

O esmerilhão (Falco columbarius) é um pequeno falcão cuja coloração é diferente no macho (dorso cinzento) e na fêmea (dorso castanho). Chega a medir até 33 cm de comprimento. Gosta de regiões abertas (tundra, planícies) da Europa, Ásia e América do Norte. Caça pequenos pássaros, que ele surpreende com um vôo irregular em rasantes. 
Foto: Armindo C. Alves

O falcão-sacre (Falco cherrug) é uma espécie muito utilizada na falcoaria, especialmente na Europa. É uma ave de estepes e pradarias pouco arborizada, com uma área de distribuição estendendo-se da Europa oriental até a Manchúria. Diferentemente do falcão-peregrino, não é um predador de aves, predando mais sobre roedores e outros mamíferos de tamanho pequeno. A espécie sofreu um declínio acentuado na sua área de distribuição por capturas ilegais para uso em falcoaria, o que levou a ONG Birdlife International a classificar a espécie em 2004 como ameaçada. A electrocução também é um problema que causa muitas mortes.
Foto: Maksim Antipin
Foto: Maksim Antipin
O Caracará (Polyborus plancus), ave símbolo do México, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o Sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil. Graças às patas grandes e vigorosas e às garras achatadas, pode andar com facilidade. Ao contrário dos outros falcões, é visto com frequência no chão, procurando comida (carniça, mariscos, insetos). Ele também é conhecido por piratear o alimento regurgitado dos bútios e abutres. Constrói um ninho enorme, em forma de taça, no alto das árvores.
Foto: Robert Royse 


O falcão-sombrio (Falco Concolor) tem esse nome devido a sua plumagem de cor uniforme (cinza-azulada). Tem cerca de 32 à 37 cm de comprimento e envergadura de 78 à 90 cm. É encontrado na África e no Oriente Médio, onde frequenta de desertos a desfiladeiros e falésias e, no inverno, pântanos, rios e savanas arborizadas. Alimenta-se de pássaros e de insetos que captura em pleno vôo. É uma espécie ameaçada de extinção. É muito semelhante ao falcão-cinzento ( Falco Ardosiaceus), podendo haver confusão no seu reconhecimento.
Falcão-sombrio
Falcão-cinzento
O falcão borni (Falco biarmicus) tem a cabeça coberta por um pequeno capuz avermelhado e uma fina listra preta que desce do olho ao pescoço. Esse rapinante sedentário é comum no norte da África. No momento da caça, a fêmea atrai e abate as presas (principalmente pássaros) e o macho as captura.
Foto: nature-pictures.org 
O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) vive na Ásia, na África e na Europa. Entre os falcões é especialista em sobrevoar um mesmo local. Planando a cerca de 10m de um terreno descoberto, examina o solo e, assim que localiza a presa, cai sobre ela.
Origem: Wikipédia


CONHEÇA O PARQUE DOS FALCÕES EM ITABAIANA (SE)

A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia. Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento. 

Site para informações http://www.parquedosfalcoes.com.br/



sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Características

As aves de rapina ("rapina" = raptar, aves que raptam) é um termo utilizado para caracterizar as aves carnívoras diurnas e noturnas que apresentam adaptações para a caça ativa. No geral, as aves de rapina possuem bico curvo e afiado, garras afiadas e fortes, além de serem dotadas de uma excelente visão. As corujas, além das características citadas, possuem uma audição bem sensível sendo capazes de localizar um roedor caminhando no solo na mais completa escuridão. Outra adaptação especial das corujas são suas penas de vôo macias, característica na qual evita turbulência no bater de asas garantindo um vôo silencioso que aumenta a eficiência nas caçadas.

Encontrada em praticamente todos os continentes, as aves de rapina vivem tanto nas matas tropicais como nas montanhas mais elevadas. Tais aves apresentam uma grande variedade de formas e tamanhos, havendo tanto aquelas com pouco mais de 100 g como o gaviãozinho (Gampsonyx swainsonii) até representantes imponentes como o gavião-real (Harpia harpyja), que apresenta envergadura de quase 2 metros e fêmeas de até 9 kg.
Fonte: Willian Menq

Gavião-real (Harpia harpyja). Foto: Willian Menq

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Classificação

Pertencem ao grupo das "Aves de Rapina" as seguintes Ordens: Accipitriformes (Águias e Gaviões), Falconiformes (Falcões e Caracarás) e Strigiformes (Corujas e Mochos). Os urubus do Novo Mundo (Cathartiformes) são muitas vezes inseridos entre as aves de rapina, mas existem estudos que mostram que este grupo é mais relacionado aos Ciconiformes (cegonhas, garças), diferentes dos Abutres do Velho mundo, que são da ordem Accipitriformes (Sick, 1997). 

Com base nos dados existentes, existem mais de 500 espécies de aves de rapina no mundo, 300 só de gaviões, falcões e águias e 212 só de corujas. Não existe um número exato, pois alguns autores consideram alguns táxons como espécies enquanto outros cientistas classificam como subespécies. No Brasil, existem 69 espécies de águias, gaviões e falcões (sendo 48 da Ordem Accipitriformes e 21 de Falconiformes), 23 corujas (Strigiformes) e 6 espécies de urubus e, aliado aos outros países da região neotropical, concentra o maior número de espécies de rapinantes do mundo.


Texto compilado por: Willian Menq em 2011

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

O papel ecológico

As aves de rapina são fundamentais no equilíbrio ecológico por serem predadoras que ocupam o topo da cadeia alimentar. Consideradas como espécies "chaves" são essenciais no controle das populações viáveis de muitas espécies de roedores, répteis e aves e retiram carniça dos campos, duas atividades benéficas para a agricultura. A sensibilidade de algumas espécies diante das atividades humanas e o fascínio geral que estas aves exercem as tornam bandeiras ideais para a conservação de habitais ameaçados. As crescentes atividades humanas sobre o meio ambiente como a alteração e a fragmentação das diversas paisagens naturais causam o desaparecimento de centenas de espécies vegetais e animais, colocando em risco eminente de extinção varias espécies de aves de rapina.


                                                                                                                         Fonte: S.O.S Falconiformes
                                                                                                                             

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Ave de Rapina

Rapina significa roubar, tirar de, surripiar, tirar a força. Então aves de rapina significam aves que roubam? A resposta é sim, mas estas aves não roubam o seu alimento mas sim caçam-no para sobreviver. 

Devido as aves de rapina caçarem aves menores e vulneráveis, as pessoas começaram a vê-las como aves maléficas, o que as pessoas desconheciam (e que muitas desconhecem hoje) é que estas aves escolhem um alvo mais indefeso (velho, fraco, ferido) para capturar, assim, elas ajudam a manter o equilíbrio no ecossistema não permitindo que a espécie de que se alimenta aumente a sua população. Esta é a principal função de todos os predadores, inclusive das aves de rapina.


As aves de rapina são encontradas nos mais variados habitas, em florestas, campos abertos, áreas rurais, penhascos e algumas espécies habitam até os centros urbanos.