A águia-pescadora (Pandion haliaetus) é o único membro de sua família, a dos Pandionídeos. Ela tem esse nome devido à sua extraordinária adaptação à pesca dos peixes com os quais se alimenta. Para isso, fica circulando sobre à água, às vezes até voando no mesmo lugar, até localizar a presa. Nesse momento, baixa rapidamente, com a cabeça inclinada e as asas dobradas. Pouco antes de tocar a água, ela balança as asas para trás e as patas para a frente, mergulhando para pegar o peixe. Durante o mergulho as narinas se fecham para evitar que se encham de água. Tem o dedo externo reversível e, por isso, sustenta facilmente as presas. Essas garras são tão eficazes que, se o peixe for muito pesado, pode levá-la ao afogamento.
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A águia-pescadora é uma das aves mais encontradas no mundo inteiro. Ela pode ser vista nos litorais e à beira de lagos, rios e riachos não gelados em todos os continentes. É a ave oficial da Nova Escócia, no Canadá, e da província de Sudermania, na Suécia. Ao contrário dos outros rapinantes, tem os quatro dedos iguais.
Existem várias espécies de gaviões distribuídos sobre todos os continentes. Eles tem o porte médio, que varia de 30 a 40cm, e longas e finas garras amarelas. Costumam fazer seus ninhos em florestas densas, perto das quais é possível observar seu vôo muito pelicular: com as asas semidobradas, fazem vôos rasantes ao nível do cimo das árvores, alternando batimentos de asas rápidos e curtos com vôos planados em círculos.
O gavião-europeu macho é ligeiramente menor que a fêmea. Assim que captura um apresa, ele a carrega para perto do ninho e a depena antes de comer. Às vezes, as penas deixadas no chão denunciam seu domicílio. Ele pode ser encontrado na Europa, mas também na Ásia e na África. Geralmente escondido em um bosque, é difícil encontrá-lo no chão. Entretanto, no inverno, é possível vê-lo com frequência aproximando-se das fazendas, aventurando-se à procura de presas.
O Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannus) possui cerca de 72cm de comprimento, 2,30 de envergadura e chega a pesar até 6,5 quilos. É uma das maiores aves a ocorrer no Brasil. A cor negra com manchas brancas torna-o uma ave de rara beleza. Seu tempo de vida é de aproximadamente 25 anos. Carnívoro e se alimenta de animais como aves(tucanos, araçari), répteis, pequenos mamíferos como morcegos, esquilos e pequenos primatas. Vive dentro ou na borda de grandes florestas, necessita de áreas extensas para cumprir seu ciclo de vida, sendo que suas populações podem sofrer declínio em decorrência da fragmentação excessiva do seu habitat. Ocorrendo do sul do México à América do Sul, no Brasil ocorre na faixa marítima no Brasil leste-meridional, da Bahia, leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Pode ser observado sobrevoando florestas à procura de alimento. É rápido em suas investidas voando com incrível rapidez.
Foto Luiz Claudio Marigo
O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris) é encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil. A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais abundante. Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé e indaié.
As 63 espécies de falcões ocorrem praticamente em todo o planeta. Para os egípcios, os falcões representavam poder. Suas longas asas pontudas contrastam com as arredondadas e fendidas das águias e abutres. Macho e fêmea são ornamentados com a mesma plumagem, mas a fêmea é ligeiramente maior. O falcão não costuma construir ninhos. Muitos falcões tem a parte superior do bico dentada como um serrote. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no vôo em velocidade (em oposição ao vôo planado das águias e abutres e ao vôo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias,estepes e desertos.
O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é a ave mais rápida do mundo, reconhecido facilmente em pleno vôo pela silhueta em forma de âncora. É encontrado no mundo todo sobre falésias à beira-mar e nas montanhas, só não existindo na Antártida. A velocidade e precisão de seu vôo são inigualáveis: quando ele se lança em um mergulho a 300km/h sobre a presa, esta pode morrer com o golpe. É a ave mais apreciada pelos falcoeiros, pois alia graça e força. Alimenta-se quase exclusivamente de outras aves. Em geral põe seus ovos num penhasco, muitas vezes sem ninho. Os ovos são incubados pelo casal de pais. Esta ave é protegida por lei por correr elevado risco de extinção. Entre os fatores de ameaça à espécie encontram-se o abate ilegal, o roubo de ovos para colecionismo e de crias para a falcoaria, e a poluição. A aplicação de pesticidas leva a que os produtos químicos entrem na cadeia alimentar do falcão, provocando a morte direta ou problemas de fragilidade da casca dos ovos, impedido o nascimento das crias.
Falcão-peregrino pousado num navio, enquanto come.
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O falcão-gerifalte (Falco rusticolus), cuja envergadura vai de 1,30m a 1,60m é o maior dos falcões. Vive nas montanhas, na tundra e nas falésias costeiras das regiões árticas. Quando localiza uma presa (principalmente pássaros), deixa seu posto de observação e avança em mergulho sobre ela, surpreendendo-a por trás. Na Idade Média, o falcão-gerifalte era considerado uma ave real devido à sua raridade e às dificuldades envolvidas em obtê-lo, assim como à pureza das suas cores. Como exemplo do valor dos gerifaltes da Groenlândia, uma dúzia dessas aves foi suficiente para pagar o resgate do filho do duque de Borgonha em 1396, após este ter sido capturado pelos sarracenos.
O esmerilhão (Falco columbarius) é um pequeno falcão cuja coloração é diferente no macho (dorso cinzento) e na fêmea (dorso castanho). Chega a medir até 33 cm de comprimento. Gosta de regiões abertas (tundra, planícies) da Europa, Ásia e América do Norte. Caça pequenos pássaros, que ele surpreende com um vôo irregular em rasantes.
Foto: Armindo C. Alves
O falcão-sacre (Falco cherrug) é uma espécie muito utilizada na falcoaria, especialmente na Europa. É uma ave de estepes e pradarias pouco arborizada, com uma área de distribuição estendendo-se da Europa oriental até a Manchúria. Diferentemente do falcão-peregrino, não é um predador de aves, predando mais sobre roedores e outros mamíferos de tamanho pequeno. A espécie sofreu um declínio acentuado na sua área de distribuição por capturas ilegais para uso em falcoaria, o que levou a ONGBirdlife International a classificar a espécie em 2004 como ameaçada. A electrocução também é um problema que causa muitas mortes.
O Caracará (Polyborus plancus), ave símbolo do México, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o Sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil. Graças às patas grandes e vigorosas e às garras achatadas, pode andar com facilidade. Ao contrário dos outros falcões, é visto com frequência no chão, procurando comida (carniça, mariscos, insetos). Ele também é conhecido por piratear o alimento regurgitado dos bútios e abutres. Constrói um ninho enorme, em forma de taça, no alto das árvores.
Foto: Robert Royse
O falcão-sombrio (Falco Concolor)tem esse nome devido a sua plumagem de cor uniforme (cinza-azulada). Tem cerca de 32 à 37 cm de comprimento e envergadura de 78 à 90 cm. É encontrado na África e no Oriente Médio, onde frequenta de desertos a desfiladeiros e falésias e, no inverno, pântanos, rios e savanas arborizadas. Alimenta-se de pássaros e de insetos que captura em pleno vôo. É uma espécie ameaçada de extinção. É muito semelhante ao falcão-cinzento ( Falco Ardosiaceus), podendo haver confusão no seu reconhecimento.
Falcão-sombrio
Falcão-cinzento
O falcão borni (Falco biarmicus)tem a cabeça coberta por um pequeno capuz avermelhado e uma fina listra preta que desce do olho ao pescoço. Esse rapinante sedentário é comum no norte da África. No momento da caça, a fêmea atrai e abate as presas (principalmente pássaros) e o macho as captura.
Foto: nature-pictures.org
O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus)vive na Ásia, na África e na Europa. Entre os falcões é especialista em sobrevoar um mesmo local. Planando a cerca de 10m de um terreno descoberto, examina o solo e, assim que localiza a presa, cai sobre ela.
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CONHEÇA O PARQUE DOS FALCÕES EM ITABAIANA (SE)
A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia. Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.
Estes pássaros incapazes de usar as patas para matar comem principalmente carcaças de animais mortos. Suas asas enormes dão a eles um ar majestoso durante o vôo e permitem que eles passem horas rodopiando no céu. Sempre em grupo, remexem o solo à procura de alimento. Seu pescoço comprido e desnudo, encimado por um anel de penas, dá a eles a possibilidade de enfiar a cabeça nas grandes carcaças dos animais. Há uma grande distinção entre os abutres do Velho Mundo (Europa, África e Ásia) e os do Novo Mundo (Américas). Os primeiros, da ordem dos acipitriformes, pertencem, como as águias, à família dos Acipitrídeos. Eles são frequentemente associados à idéia da morte por serem os primeiros a localizar as carcaças dos animais. É o caso do abutre-real (foto).
Esse carniceiro tido como o mais eficiente, se aproveita da caça de um predador, de quem ele rouba a presa morta, deixando apenas os ossos. Pode chegar a medir 1,15 metros de comprimento, ultrapassar facilmente os 2,80 metros de envergadura pode pesar até 9,5 quilos. Também chamado de abutre-torgo (Torgos tracheliotus) é facilmente reconhecido pela sua cabeça nua e de coloração avermelhada e sua face predominantemente enrugada. Os abutres são mais longevos em relação a outros pássaros, chegando a viver 30 anos em cativeiro.
Foto: Morten Nilsen
O abutre-fouveiro (Gyps fulvus) é o faxineiro da natureza. Também conhecido pelo nome de grifo, é um abutre que ocorre nas montanhas do sul da Europa, do sudoeste asiático e da África. Tais abutres chegam a medir até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura, e pesam de 6 a 12 kg.Registaram-se casos raros de grifos atacarem presas vivas, especialmente animais jovens, fracos ou doentes.Ele nidifica na beira de um precipício ou em falésias nas montanhas e nos desertos. Quando um deles localiza uma carniça, alerta a colônia com um grito perceptível a muito quilômetros. Sobram apenas os ossos!
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O abutre-barbudo (Gypaetus barbatus) é um abutre originário das montanhas da Europa, Ásia e África. Tem plumagem dorsal escura e ventral castanho-clara e a cabeça e o pescoço emplumados. Também é conhecido por abutre-das-montanhas, abutre-dos-cordeiros e quebra-ossos. Ave de grande porte, atinge 12,5 quilos de peso, 1,10 metros de comprimento e 2,75 a 3,08 metros de envergadura. O abutre-barbudo preenche um nicho ecológico altamente especializado, já que se alimenta quase exclusivamente de ossos (que engole inteiros ou atira ao solo em voo, para comer a medula óssea, uma fonte de proteína não aproveitada por outras espécies necrófagas. Daí não possuir o pescoço sem penas dos demais abutres, que não lhe conferiria qualquer vantagem evolutiva, pois não enfia a cabeça no interior das carcaças.
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Já os abutres do Novo Mundo, da ordem dos falconiformes, compreendem os condores, os urubus e os urubus-rei.
Os condores são aves de rapina gigantescas encontradas apenas no hemisfério ocidental. Duas espécies são reconhecidas: o condor-dos-andes (Vultur gryphus) na América do Sul e o condor-californiano (Gymnogyps californianus) na América do Norte.
Foto: Débora Carvalho Meldau
O condor andino (Vultur gryphus) é a segunda maior ave voadora do mundo e a que tem a terceira maior envergadura de asas, com 3,2 metros. Ele pode chegar a pesar 14 quilos e voar até 300 km por dia. Alimentam-se principalmente de animais de pequeno e médio porte, como ratos, coiotes, veados e esquilos. Também se alimentam de carniçaprincipalmente bovina. Seu habitat natural é na maior parte composto de campos verdes abertos ou área alpinas com elevação de até 5 mil metros. Ele prefere áreas abertas, que o permita espreitar a caça do ar, como rochas em geral. Ele é encontrado principalmente nos Andes.
O condor fêmea procura fazer os ninhos no ponto mais alto das montanhas. Lá ela põe um ovo por ano, raramente dois, que é incubado por 58 dias. Ele gera um filhote branco parecendo um rolo de algodão. Caso nasçam dois filhotes, ambos lutarão até um derrubar o outro do ninho. A mãe observa a luta sem qualquer movimento para intervir. Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.
O condor-da-califórnia (Gymnogyps californianus), com seus 2,90m de envergadura, é o maior pássaro da América do Norte. É uma das aves de rapina mais raras: existem cerca de 60 indivíduos, restritos às montanhas da Califórnia. A cabeça, desprovida de penas, normalmente possui uma tonalidade amarelada, podendo tornar-se avermelhada ou arroxeada, dependendo do humor da ave. Vive e caça em grupo, usando suas garras cortantes para atravessar a pele dos animais mortos.
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Apresenta uma das maiores expectativa de vida entre as aves, podendo ultrapassar os 50 anos. Encontra-se na lista vermelha da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) e seu status atual é "criticamente em perigo". O número de condores-da-califórnia foi drasticamente reduzido durante o Século XIX, devido à caça, saturnismo (envenenamento por chumbo) e destruição de habitat.
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O urubu-rei (Sarcoramphus papa)frequenta as florestas úmidas da América do Sul. Além de uma visão aguçada, possui o olfato muito desenvolvido, o que é excepcional para uma ave de rapina. Voando sobre as florestas, ele pode encontrar seu alimento, pouco visível entre as folhagens. Mas está ameaçado pelo desmatamento. Sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar.
O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande, e sendo capaz de rasgar o courode um boi ou de um cavalo e até mesmo de um bacalhau; como é um urubu sociável frequenta carniça com outros urubu] e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem. Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies, possui 85 cm de comprimento, pesando aproximadamente 3kg, podendo chegar a 5kg, mas é bastante pequeno quando comparado a outros rapinantes. Sua envergadura varia de 1,70 m a 2,00 m. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol. Quando incomodados vomitam e sopram fortemente para afastar um intruso, característica também feita pelos filhotes, quando o intruso se aproxima o urubu-rei defende-se com as garras e, principalmente, com seu poderoso bico. É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu.
As águias representam a força e o prestígio. A maioria das águias é encontrada no Hemisfério Norte, acima da Linha do Equador. Só na Antártida, nas regiões frias é que não tem, porque é um ambiente muito diferente do que ela está acostumada.Como todas as rapaces diurnas têm patas providas de quatro dedos, dos quais três são virados para frente e um para trás. Sua visão aguçada permite a elas localizar uma presa a centenas de metros. Geralmente monógamas, passam a via toda em dupla e até caçam juntas. A águia emite um piado áspero. Foi símbolo de poder adotado pelas legiões romanas e hoje é o de muitas nações e organizações.
(Haliaetus leucocephalus)
Esse é o caso da águia-americana (também chamada de águia-de-cabeça-branca). Emblema nacional dos Estados Unidos. Essa grande águia piscívora vive perto dos litorais, lagos e rios das Américas do Norte e Central. Constrói seu ninho na copa de árvores, utilizando galhos, gravetos e grama seca. A cada ano que passa a águia vai aumentando o seu ninho. Na época do acasalamento, elas se agarram em pleno vôo e executam um salto arriscado e espetacular.
A águia-real (Aquila chrysaetos), com 2m de envergadura, é a espécie de maior ocorrência entre as grandes águias. Sua visão é a melhor do mundo: chega a ser sete vezes superior à do homem e faz dela uma excelente caçadora. Ela pode localizar suas presas no chão: (coelhos, filhotes de camurça; no ar: grous e gansos, entre outras) a até 3 km de distância. Formam casais, e um casal precisa até 55 km de território para caçar. Sua velocidade comum durante o vôo é de 45 a 50 km/h, foram registados mergulhos que variam de 240 km/h á 320 km/h para capturar sua presa. São protegidas pelo governo dos Estados Unidos e são consideradas ameaçadas de extinção. A perseguição humana através do abate a tiro, da utilização de isco envenenados e da pilhagem de ninhos, motivada por conflitos associados ao seu comportamento predatório, constitui o principal fator de mortalidade desta espécie.
Foto: Carlos Carrapato
A águia-marcial (Polemaetus bellicosus), também conhecida como águia-belicosa, é um planador resistente. É a maior e mais forte das águias africanas., encontrada do Senegal à Somália e África do Sul. A fêmea pode atingir 2,30m de envergadura. Muito agressiva, não hesita em capturar um antílope e não teme roubar galinhas nas cidades.
Foto: Antônio Guerra
A águia-das-estepes (Aquila nipalensis) vive nas planícies sem árvores e faz ninhos no chão. Costuma se alimentar de animais que foram mortos por outros rapinantes. Mas pode caçar roedores e outros pequenos mamíferos até ao tamanho de uma lebre e aves até ao tamanho de uma perdiz. Também rouba comida de outras aves de rapina.Quando procura uma presa, pode planar por muito tempo sobre seu território: planícies, estepes, desertos e savanas na África e no sudeste da Europa. Mede entre 62 e 81 cm de comprimento e tem uma envergadura de asas de 165 a 200 cm. É o animal nacional do Egito e do Cazaquistão, pertencendo inclusivamente à sua bandeira.
A Harpia (Harpia harpyja)vive nas florestas da América do Sul. Suas patas tem o tamanho da mão de um homem e suas garras tem 6cm de comprimento. Suas presas preferidas são os macacos arborícolas, as preguiças e grandes pássaros (araras),que, com muita agilidade, ela encontra nos galhos das árvores.
Vídeo mostra imagens inéditas da maior ave de rapina do mundo e de seu filhote,
capturadas pelo fotógrafo João Marcos Rosa.
A águia negra possui um grande V branco na altura dos ombros, que percorre sua negra e brilhante plumagem. Vive tanto ao nível do mar quanto a mais de 5.000m de altitude, do Oriente Médio à África do Sul. Sua sobrevivência depende da abundância de seu principal alimento os texugos.
Águia negra, na reserva natural de Giants Castle
O texugo é um animal bastante comum no Reino Unido e por conta disso é muito protegido por lá. Acontece que o mamífero carrega com ele, involuntariamente, um grande problema: a tuberculose bovina.A doença que já sacrificou milhares de animais nos últimos anos é transmitida pelos texugos e então, para evitar que mais casos aconteçam, o governo britânico planeja uma lei que permitirá, em dois anos, a “eliminação de grandes quantidades de texugos”.
Fonte: Ricardo Araújo
A águia-sem-rabo (Terathopius ecaudatus) é uma águia encontrada do Senegal ao Iraque e África do Sul, de asas longas e largas e cauda muito curta. Também é conhecida pelo nome de arlequim. Se caracteriza por planar, sem esforço, por horas a fio sobre a savana africana. Na época da nidificação, o casal conta com ajuda de um terceiro adulto que, empoleirado numa árvore próxima ao ninho com o macho, impede que intrusos cheios de más intenções perturbem os pais.