Powered By Blogger

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A CORUJA

Em parte graças à ausência de penachos, a coruja tem um ar mais doce que o mocho. E, como ele, geralmente não constrói um ninho, preferindo escolher como domicílio o tronco de uma árvore oca. Ao contrário dos mochos, muitas espécies de coruja são ativas durante o dia e sua distribuição se estende até o extremo norte do planeta. É o caso da coruja-das-neves (Nyctea scandiaca), encontrada exclusivamente nas tundras das regiões polares.
Essa coruja ártica de plumagem branca, é a ave símbolo do Quebec, no Canadá. Os machos tem uma envergadura de 1,60 a 1,70m e são ligeiramente menores que as fêmeas. Ela caça pássaros e lêmingues - espreitando as presas ou fazendo vôos rasantes durante o dia ou ao cair da tarde. Essa ave possui a audição mais apurada: as penas de seu rosto formam um disco que permite captar os sons e direcioná-los para os ouvidos. Com esse sistema ela pode localizar presas que estão a centenas de metros e escondidas a até 20cm de profundidade sob a neve.
Fonte: The Owl Pages
Ela tem essa plumagem branca para poder se camuflar nas neves do lugar onde habita e assim ter maiores chances de ter sua refeição. Ao contrario das outras espécies de corujas, essa é acostumada com o brilho branco intenso da neve, portanto pode caçar a qualquer hora, mesmo se for de dia. Graças à espessa plumagem que lhe cobre os pés até as garras, essa coruja pode resistir ao frio do extremo norte.


A suindara ou coruja-de-igreja não ulula como fazem os mochos e corujões, mas emite um piado agudo. Pelo fato de ser vista em cemitérios, tem uma reputação demoníaca e aparece sempre como "atriz" nas histórias de fantasmas. É facilmente reconhecida por ter o disco facial em forma de coração.

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O MOCHO

O termo mocho é a designação dada às aves pertencentes à família Strigidae, da ordem Strigiformes. Segundo algumas culturas, o mocho é símbolo de sabedoria ou de mau agouro. Ao contrário da coruja, tem um penacho (tufo de penas) de cada lado da cabeça, que ele empina sempre que está inquieto ou "curioso" e que baixa durante o vôo. As orelhas dos rapinantes noturnos, situadas ao lado da cabeça, são deslocadas, uma em relação à outra, para permitir que eles situem exatamente a origem do som. A visão, excelente tanto à noite quanto de dia, a audição apurada e o vôo silencioso fazem deles predadores poderosos, especialistas na caça de surpresa. Costumas engolir inteiros todos os tipos de presas vivas; depois regurgitam as partes não digeridas (ossos, asas de insetos, penas, pêlos) sob a forma de bolas que se diferenciam dependendo da espécie e que denunciam a presença de uma dessas aves no local. As diferentes espécies de mochos se distinguem segundo o tamanho, a cor da plumagem e a distribuição.

O mocho-real (Bubo bubo) se alimenta de roedores, lebres, ouriços e pássaros. Para encontrar comida, ele percorre grandes distâncias à noite. E pode viver até os 60 anos! É, atualmente a maior espécie de coruja existente no planeta, chegando a 86 cm de comprimento, 1,70 a 2,10 metros de envergadura e pode pesar até 5,5 quilos. O Bufo-Real tem uma longevidade bastante extensa que pode variar de 10 a 20 anos. Está presente na Europa, Ásia e ÁfricaTrata-se de um predador de topo, encontrando-se nos lugares mais elevados na cadeia trófica. Alimenta-se de ratos, ratazanas, gaivotas, patos, lebres e inclusive de outros bufos e aves de rapina. É violentamente atacado por gaivotas e gralhas sem bandos. É principalmente noturno e emite os seus chamamentos ao anoitecer e ao amanhecer. A destruição de habitat, nomeadamente pela construção de barragens, é um dos maiores fatores de ameaça para esta espécie, além do abate a tiro e da destruição e pilhagem dos ninhos. 
Foto: Francisco Calado
Foto: Luis Lopes

O mocho-de-faces-brancas, de porte médio - cerca de 25cm -, é africano e tem na face um disco branco com bordas pretas.  Esta coruja tem a habilidade de modificar sua aparência em situações de perigo e ameaça. Ela pode aumentar seu corpo para defender-se de outras corujas, ou aparentar diminuir de tamanho para camuflar-se como um galho. Esta coruja tornou-se bem popular devido a um vídeo japonês, chamado "Transformer Owl". A coruja no vídeo é chamada Popo-Chan e veio da Africa do Sul.


O vídeo mostra a reação do mocho 
quando encontra com uma coruja 35 cm de comprimento...
Logo depois, com uma coruja de 75 cm de comprimento.


O mocho-dos-banhados (Asio flammeusé um especialista em pequenos mamíferos, sobretudo roedores, mas também insetívoros. Medindo 37 cm, migratória, veio da América do Norte, atravessando os Andes até a Terra do Fogo. Vive em amplos banhados e caça durante o dia. No Brasil, ocorre de Minas Gerais e São Paulo até o Rio Grande do Sul. É comum nas regiões setentrionais da Europa e da ÁsiaEm Portugal é um visitante de Inverno que ocorre nas principais zonas úmidas do centro e sul do território. Vive em grupo de 20 a 30 indivíduos.
Fazenda Campo de Ouro - Piraju-SP - Brasil
Foto: Dario Sanches
O mocho-orelhudo  (Bubo virginianus), cuja envergadura é de 1,50m, habita florestas, desertos e pradarias americanas, do extremo Norte ao Sul. Tolera a presença humana e pode ser visto durante passeios a um parque. É um caçador eficaz, graças à excelente visão noturna e à audição particularmente desenvolvida. De dia dorme na mata em grandes árvores, a noite costuma aproximar-se das habitações humanas existentes em locais ermos, para apanhar pequenos animais domésticos. Muito encontrada, aos casais. Alimenta-se de pequenos mamíferos como filhotes de cutia, gatos e preás, porém não rejeita insetos. Vive à beira da mata, capões e nos campos, normalmente próximo da água. Ocorre em todo o Brasil, desde a Amazônia, Centro-Oeste, Nordeste até o Leste.


O mocho-pequeno (Asio otus) vive nas regiões arborizadas da América do Norte. Tem uma forma de cortejar muito especial: o macho se aproxima docemente da fêmea, balança e roda a cabeça, agita o corpo todo e dá uma série de piscadas para a fêmea. Se ela aceita as investidas, os dois se tocam e alisam mutuamente as penas, permanecendo unidos para o resto da vida.
Origem: Wikipédia

Qual é a diferença entre mocho e coruja?
Ela está apenas no nome. Ambos são aves de rapina noturnas, têm hábitos semelhantes e pertencem à mesma ordem (Strigiformes) e à mesma família (Strigidae). "É só uma questão de terminologia. Algumas espécies da família Strigidae são chamadas de coruja, outras de mocho", afirma o biólogo Luiz Antônio Bezerra de Melo Lula, da Fundação Zoológico de São Paulo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

A ÁGUIA PESCADORA

A águia-pescadora  (Pandion haliaetus)  é o único membro de sua família, a dos Pandionídeos. Ela tem esse nome devido à sua extraordinária adaptação à pesca dos peixes com os quais se alimenta. Para isso, fica circulando sobre à água, às vezes até voando no mesmo lugar, até localizar a presa. Nesse momento, baixa rapidamente, com a cabeça inclinada e as asas dobradas. Pouco antes de tocar a água, ela balança as asas para trás e as patas para a frente, mergulhando para pegar o peixe. Durante o mergulho as narinas se fecham para evitar que se encham de água. Tem o dedo externo reversível e, por isso, sustenta facilmente as presas. Essas garras são tão eficazes que, se o peixe for muito pesado, pode levá-la ao afogamento.
Origem: Wikipédia
A águia-pescadora é uma das aves mais encontradas no mundo inteiro. Ela pode ser vista nos litorais e à beira de lagos, rios e riachos não gelados em todos os continentes. É a ave oficial da Nova Escócia, no Canadá, e da província de Sudermania, na Suécia. Ao contrário dos outros rapinantes, tem os quatro dedos iguais.
Origem: Wikipédia

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

O GAVIÃO

Existem várias espécies de gaviões distribuídos sobre todos os continentes. Eles tem o porte médio, que varia de 30 a 40cm, e longas e finas garras amarelas. Costumam fazer seus ninhos em florestas densas, perto das quais é possível observar seu vôo muito pelicular: com as asas semidobradas, fazem vôos rasantes ao nível do cimo das árvores, alternando batimentos de asas rápidos e curtos com vôos planados em círculos. 

O gavião-europeu macho é ligeiramente menor que a fêmea. Assim que captura um apresa, ele a carrega para perto do ninho e a depena antes de comer. Às vezes, as penas deixadas no chão denunciam seu domicílio. Ele pode ser encontrado na Europa, mas também na Ásia e na África. Geralmente escondido em um bosque, é difícil encontrá-lo no chão. Entretanto, no inverno, é possível vê-lo com frequência aproximando-se das fazendas, aventurando-se à procura de presas.

Gavião-pega-macaco (Spizaetus tyrannuspossui cerca de 72cm de comprimento, 2,30 de envergadura e chega a pesar até 6,5 quilos. É uma das maiores aves a ocorrer no Brasil. A cor negra com manchas brancas torna-o uma ave de rara beleza. Seu tempo de vida é de aproximadamente 25 anos. Carnívoro e se alimenta de animais como aves(tucanos, araçari), répteis, pequenos mamíferos como morcegos, esquilos e pequenos primatasVive dentro ou na borda de grandes florestas, necessita de áreas extensas para cumprir seu ciclo de vida, sendo que suas populações podem sofrer declínio em decorrência da fragmentação excessiva do seu habitat. Ocorrendo do sul do México à América do Sul, no Brasil ocorre na faixa marítima no Brasil leste-meridional, da Bahia, leste de Minas Gerais até o Rio Grande do Sul. Pode ser observado sobrevoando florestas à procura de alimento. É rápido em suas investidas voando com incrível rapidez.


Foto Luiz Claudio Marigo

O gavião-carijó (Buteo magnirostris ou Rupornis magnirostris) é encontrado em diferentes ambientes, ocorrendo do México à Argentina e em todo o Brasil. A espécie possui cerca de 36 cm de comprimento, com plumagem variando de cinza a marrom e negro nas partes superiores, peito cinza, asas com base das primárias ferrugíneas, partes inferiores barradas de canela, cauda com quatro ou cinco faixas escuras, ceroma, íris e tarsos amarelos. Alimenta-se geralmente de insetos e aranhas, além de pequenos vertebrados. No Brasil é a espécie de gavião mais abundante. Também é conhecido pelos nomes de anajé, gavião-indaié, inajé e indaié.

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

O FALCÃO

As 63 espécies de falcões ocorrem praticamente em todo o planeta. Para os egípcios, os falcões representavam poder. Suas longas asas pontudas contrastam com as arredondadas e fendidas das águias e abutres. Macho e fêmea são ornamentados com a mesma plumagem, mas a fêmea é ligeiramente maior. O falcão não costuma construir ninhos. Muitos falcões tem a parte superior do bico dentada como um serrote. O que diferencia os falcões das demais aves de rapina é o fato de terem evoluído no sentido de uma especialização no vôo em velocidade (em oposição ao vôo planado das águias e abutres e ao vôo acrobático dos gaviões), facilitado pelas asas pontiagudas e finas, favorecendo a caça em espaços abertos – daí o fato dos falcões não serem aves de ambientes florestais, preferindo montanhas e penhascos, pradarias,estepes e desertos.

O falcão-peregrino (Falco peregrinus) é a ave mais rápida do mundo, reconhecido facilmente em pleno vôo pela silhueta em forma de âncora. É encontrado no mundo todo sobre falésias à beira-mar e nas montanhas, só não existindo na Antártida. A velocidade e precisão de seu vôo são inigualáveis: quando ele se lança em um mergulho a 300km/h sobre a presa, esta pode morrer com o golpe. É a ave mais apreciada pelos falcoeiros, pois alia graça e força. Alimenta-se quase exclusivamente de outras aves. Em geral põe seus ovos num penhasco, muitas vezes sem ninho. Os ovos são incubados pelo casal de pais. Esta ave é protegida por lei por correr elevado risco de extinção. Entre os fatores de ameaça à espécie encontram-se o abate ilegal, o roubo de ovos para colecionismo e de crias para a falcoaria, e a poluição. A aplicação de pesticidas leva a que os produtos químicos entrem na cadeia alimentar do falcão, provocando a morte direta ou problemas de fragilidade da casca dos ovos, impedido o nascimento das crias.
Falcão-peregrino pousado num navio, enquanto come.
Origem: Wikipédia
O falcão-gerifalte (Falco rusticolus), cuja envergadura vai de 1,30m a 1,60m é o maior dos falcões. Vive nas montanhas, na tundra e nas falésias costeiras das regiões árticas. Quando localiza uma presa (principalmente pássaros), deixa seu posto de observação e avança em mergulho sobre ela, surpreendendo-a por trás. Na Idade Média, o falcão-gerifalte era considerado uma ave real devido à sua raridade e às dificuldades envolvidas em obtê-lo, assim como à pureza das suas cores. Como exemplo do valor dos gerifaltes da Groenlândia, uma dúzia dessas aves foi suficiente para pagar o resgate do filho do duque de Borgonha em 1396, após este ter sido capturado pelos sarracenos.
Foto: Joe Taruga

O esmerilhão (Falco columbarius) é um pequeno falcão cuja coloração é diferente no macho (dorso cinzento) e na fêmea (dorso castanho). Chega a medir até 33 cm de comprimento. Gosta de regiões abertas (tundra, planícies) da Europa, Ásia e América do Norte. Caça pequenos pássaros, que ele surpreende com um vôo irregular em rasantes. 
Foto: Armindo C. Alves

O falcão-sacre (Falco cherrug) é uma espécie muito utilizada na falcoaria, especialmente na Europa. É uma ave de estepes e pradarias pouco arborizada, com uma área de distribuição estendendo-se da Europa oriental até a Manchúria. Diferentemente do falcão-peregrino, não é um predador de aves, predando mais sobre roedores e outros mamíferos de tamanho pequeno. A espécie sofreu um declínio acentuado na sua área de distribuição por capturas ilegais para uso em falcoaria, o que levou a ONG Birdlife International a classificar a espécie em 2004 como ameaçada. A electrocução também é um problema que causa muitas mortes.
Foto: Maksim Antipin
Foto: Maksim Antipin
O Caracará (Polyborus plancus), ave símbolo do México, possui uma distribuição geográfica ampla, que vai da Argentina até o Sul dos Estados Unidos, ocupando toda uma variedade de ecossistemas, fora a cordilheira dos Andes. Sua maior população se encontra no sudeste e nordeste do Brasil. Graças às patas grandes e vigorosas e às garras achatadas, pode andar com facilidade. Ao contrário dos outros falcões, é visto com frequência no chão, procurando comida (carniça, mariscos, insetos). Ele também é conhecido por piratear o alimento regurgitado dos bútios e abutres. Constrói um ninho enorme, em forma de taça, no alto das árvores.
Foto: Robert Royse 


O falcão-sombrio (Falco Concolor) tem esse nome devido a sua plumagem de cor uniforme (cinza-azulada). Tem cerca de 32 à 37 cm de comprimento e envergadura de 78 à 90 cm. É encontrado na África e no Oriente Médio, onde frequenta de desertos a desfiladeiros e falésias e, no inverno, pântanos, rios e savanas arborizadas. Alimenta-se de pássaros e de insetos que captura em pleno vôo. É uma espécie ameaçada de extinção. É muito semelhante ao falcão-cinzento ( Falco Ardosiaceus), podendo haver confusão no seu reconhecimento.
Falcão-sombrio
Falcão-cinzento
O falcão borni (Falco biarmicus) tem a cabeça coberta por um pequeno capuz avermelhado e uma fina listra preta que desce do olho ao pescoço. Esse rapinante sedentário é comum no norte da África. No momento da caça, a fêmea atrai e abate as presas (principalmente pássaros) e o macho as captura.
Foto: nature-pictures.org 
O peneireiro-vulgar (Falco tinnunculus) vive na Ásia, na África e na Europa. Entre os falcões é especialista em sobrevoar um mesmo local. Planando a cerca de 10m de um terreno descoberto, examina o solo e, assim que localiza a presa, cai sobre ela.
Origem: Wikipédia


CONHEÇA O PARQUE DOS FALCÕES EM ITABAIANA (SE)

A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia. Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro. Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento. 

Site para informações http://www.parquedosfalcoes.com.br/



segunda-feira, 17 de outubro de 2011

O ABUTRE

Estes pássaros incapazes de usar as patas para matar comem principalmente carcaças de animais mortos. Suas asas enormes dão a eles um ar majestoso durante o vôo e permitem que eles passem horas rodopiando no céu. Sempre em grupo, remexem o solo à procura de alimento. Seu pescoço comprido e desnudo, encimado por um anel de penas, dá a eles a possibilidade de enfiar a cabeça nas grandes carcaças dos animais. Há uma grande distinção entre os abutres do Velho Mundo (Europa, África e Ásia) e os do Novo Mundo (Américas). Os primeiros, da ordem dos acipitriformes, pertencem, como as águias, à família dos Acipitrídeos. Eles são frequentemente associados à idéia da morte por serem os primeiros a localizar as carcaças dos animais. É o caso do abutre-real (foto).  


Esse carniceiro tido como o mais eficiente, se aproveita da caça de um predador, de quem ele rouba a presa morta, deixando apenas os ossos.  Pode chegar a medir 1,15 metros de comprimento, ultrapassar facilmente os 2,80 metros de envergadura pode pesar até 9,5 quilos. Também chamado de abutre-torgo (Torgos tracheliotus) é facilmente reconhecido pela sua cabeça nua e de coloração avermelhada e sua face predominantemente enrugada. Os abutres são mais longevos em relação a outros pássaros, chegando a viver 30 anos em cativeiro.
Foto: Morten Nilsen

O abutre-fouveiro (Gyps fulvus) é o faxineiro da natureza.  Também conhecido pelo nome de grifo, é um abutre que ocorre nas montanhas do sul da Europa, do sudoeste asiático e da África. Tais abutres chegam a medir até 1 metro de comprimento e 2,7 metros de envergadura, e pesam de 6 a 12 kg. Registaram-se casos raros de grifos atacarem presas vivas, especialmente animais jovens, fracos ou doentes.Ele nidifica na beira de um precipício ou em falésias nas montanhas e nos desertos. Quando um deles localiza uma carniça, alerta a colônia com um grito perceptível a muito quilômetros. Sobram apenas os ossos!
Origem: Wikipédia

Origem: Wikipédia
abutre-barbudo (Gypaetus barbatus) é um abutre originário das montanhas da Europa, Ásia e África. Tem plumagem dorsal escura e ventral castanho-clara e a cabeça e o pescoço emplumados. Também é conhecido por abutre-das-montanhasabutre-dos-cordeiros e quebra-ossos. Ave de grande porte, atinge 12,5 quilos de peso, 1,10 metros de comprimento e 2,75 a 3,08 metros de envergaduraO abutre-barbudo preenche um nicho ecológico altamente especializado, já que se alimenta quase exclusivamente de ossos (que engole inteiros ou atira ao solo em voo, para comer a medula óssea, uma fonte de proteína não aproveitada por outras espécies necrófagas. Daí não possuir o pescoço sem penas dos demais abutres, que não lhe conferiria qualquer vantagem evolutiva, pois não enfia a cabeça no interior das carcaças.
Origem: Wikipédia
Já os abutres do Novo Mundo, da ordem dos falconiformes, compreendem os condores, os urubus e os urubus-rei.


Os condores são aves de rapina gigantescas encontradas apenas no hemisfério ocidental. Duas espécies são reconhecidas: o condor-dos-andes (Vultur gryphus) na América do Sul e o condor-californiano (Gymnogyps californianus) na América do Norte.
Foto: Débora Carvalho Meldau


O condor andino (Vultur gryphus) é a segunda maior ave voadora do mundo e a que tem a terceira maior envergadura de asas, com 3,2 metros. Ele pode chegar a pesar 14 quilos e voar até 300 km por dia. Alimentam-se principalmente de animais de pequeno e médio porte, como ratos, coiotes, veados e esquilos. Também se alimentam de carniça principalmente bovinaSeu habitat natural é na maior parte composto de campos verdes abertos ou área alpinas com elevação de até 5 mil metros. Ele prefere áreas abertas, que o permita espreitar a caça do ar, como rochas em geral. Ele é encontrado principalmente nos Andes


O condor fêmea procura fazer os ninhos no ponto mais alto das montanhas. Lá ela põe um ovo por ano, raramente dois, que é incubado por 58 dias. Ele gera um filhote branco parecendo um rolo de algodão. Caso nasçam dois filhotes, ambos lutarão até um derrubar o outro do ninho. A mãe observa a luta sem qualquer movimento para intervir. Ele é o símbolo nacional da Colômbia, Equador, Bolívia e Chile, integrando os brasões oficiais desses países. Possuem também um papel de destaque nos mitos e folclore das regiões andinas da América do Sul. São considerados ameaçados de extinção, sendo, por esse motivo, criados programas de reprodução em cativeiro dessa espécie.


O condor-da-califórnia  (Gymnogyps californianus), com seus 2,90m de envergadura, é o maior pássaro da América do Norte. É uma das aves de rapina mais raras: existem cerca de 60 indivíduos, restritos às montanhas da Califórnia. A cabeça, desprovida de penas, normalmente possui uma tonalidade amarelada, podendo tornar-se avermelhada ou arroxeada, dependendo do humor da ave. Vive e caça em grupo, usando suas garras cortantes para atravessar a pele dos animais mortos.
Origem: Wikipédia
Apresenta uma das maiores expectativa de vida entre as aves, podendo ultrapassar os 50 anos. Encontra-se na lista vermelha da IUCN (União Internacional para Conservação da Natureza e dos Recursos Naturais) e seu status atual é "criticamente em perigo". O número de condores-da-califórnia foi drasticamente reduzido durante o Século XIX, devido à caça, saturnismo (envenenamento por chumbo) e destruição de habitat.
Origem: Wikipédia


O urubu-rei (Sarcoramphus papa) frequenta as florestas úmidas da América do Sul. Além de uma visão aguçada, possui o olfato muito desenvolvido, o que é excepcional para uma ave de rapina. Voando sobre as florestas, ele pode encontrar seu alimento, pouco visível entre as folhagens. Mas está ameaçado pelo desmatamento. Sua caça é proibida, pois é considerada uma ave importante na limpeza do meio ambiente, quando muitos animais são exterminados por doença, o urubu ajuda a controlar a epidemia comendo os animais mortos e agonizantes. Na natureza tem poucos predadores naturais, mas, devido à baixa reprodutividade da espécie e à degradação do seu habitat, é uma espécie cada vez mais rara de se observar.


O maior e mais colorido de todos os urubus, recebe este nome por vários motivos: pela exuberante coloração, presente principalmente na cabeça, e de seu forte bico que lhe proporciona ser o único urubu a conseguir a abrir as partes mais difíceis de seu alimento, como a carcaça de um animal grande, e sendo capaz de rasgar o couro de um boi ou de um cavalo e até mesmo de um bacalhau; como é um urubu sociável frequenta carniça com outros urubu] e assim que ele "abre" uma carcaça é seguido por outras aves necrófagas, que se aproveitam da carcaça já aberta para se alimentarem. Tem até 3 vezes o tamanho das outras espécies, possui 85 cm de comprimento, pesando aproximadamente 3kg, podendo chegar a 5kg, mas é bastante pequeno quando comparado a outros rapinantes. Sua envergadura varia de 1,70 m a 2,00 m. O urubu-rei é mudo, não possui siringe (laringe inferior das aves), sabe, porém bufar. A cabeça e o pescoço do urubu são implumes, isso quer dizer que não têm penas. Esta falta de penas é uma adaptação de higiene, a falta de penas previne bactérias da carniça, e expõe a pele aos efeitos esterilizantes do Sol
Quando incomodados vomitam e sopram fortemente para afastar um intruso, característica também feita pelos filhotes, quando o intruso se aproxima o urubu-rei defende-se com as garras e, principalmente, com seu poderoso bico. É vulnerável à extinção, pois é o único urubu brasileiro que é afetado pela destruição de seu habitat, além de ser capturado para tráfico de animais por sua beleza, e ser captura para ser exposto como troféu.